O Curaçao Open Challenge (COC) é um torneio aberto de Damas Internacional que ocorre anualmente em Curaçao. O evento é realizado desde 1988, quando teve como seu primeiro campeão o GMI Iser Kuperman (1922-2006). Em 2024, realizou-se a sua 13ª edição, que foi organizada pela Federashon Dam Kòrsou.

Entre os dias 8 a 14 de outubro, realizou-se o Clássico, com tempo de jogo de 1h20’ + 1’, em nove rodadas, e teve como árbitro Hensley Miguel Rondei. Participaram 24 atletas de diferentes países, sendo a maioria da América, como Brasil, Cuba, Haiti, República Dominicana, Suriname, e contou com a presença de curaçauenses.

“Por diversos motivos, teve menos participantes que outras edições, mas isso não foi problema, pois foi um torneio de bastante qualidade e bem disputado”, comentou o cubano Gilberto Emilio Segura, presidente da Federación Cubana de Juego de Damas (FCJD).

O russo GMI Alexander Shvartsman, que jogou representando Israel, era um dos favoritos ao título. Shvartsman venceu 8 jogos e empatou 1 com o MF Arief Salarbaks, do Suriname, somando 17 pontos. Com o excelente desempenho, conquistou o primeiro lugar, e o segundo título do COC, sendo campeão em 2023.

O segundo colocado foi o brasileiro GMI Allan Igor Moreno Silva, que terminou com 13 pontos, com 5 vitórias e 3 empates, e teve uma derrota na quarta rodada para Shvartsman. Allan Igor é bicampeão do COC, no qual conquistou os títulos de 2018 e 2022. Em 2023, ele foi segundo colocado. 

O MI Talien Louis, do Haiti, foi o terceiro colocado. Ele teve um desempenho parecido com o de Silva, pois também somou 13 pontos, com 5 vitórias e 3 empates, e perdeu para Shvartsman na terceira rodada.

Os dominicanos MF Ángel Mejía e MF Oliver Nuñez, foram o quarto e quinto colocados, respectivamente, e somaram 11 pontos cada um. Ángel Mejía obteve 3 vitórias, 5 empates e perdeu para Shvartsman na segunda rodada. “Todo o evento foi excelente. Entre os melhores eventos que são realizados, o de Curaçao é um deles”, elogiou Ángel Mejía. Mejía tem um título de campeão do COC, que conquistou em 2017.

No dia 14, realizou-se o Curaçao Challenge Blitz, em 7 rodadas. Participaram 18 atletas e o pódio do Clássico se repetiu. Alexander Shvartsman foi o campeão do Blitz, somando 13 pontos, no qual obteve 6 vitórias e empatou a terceira rodada com Allan Igor.

Allan Igor foi o segundo colocado no Blitz, somando 11 pontos, no qual obteve 4 vitórias e 3 empates. Talien Louis foi o terceiro colocado com 9 pontos. Oliver Nuñez, MF Walter Chaviano (Cuba), MF Kumar Sookram (Trinidad e Tobago), Gilberto Emilio Segura (Cuba) e MF Marcel Oostburg (Suriname), completaram as oito melhores colocações, respectivamente, somando 8 pontos cada um.

“O Open de Curaçao foi um evento bem organizado, no geral. Para o meu gosto, poderia ter tido pelo menos cinco prêmios. Houve somente três. Para nós, jogadores cubanos, é sempre bom, porque é praticamente a única oportunidade de conhecer jogadores de alto nível de outros países. Pela falta de limites, treino e preparação em geral, nosso desempenho em Curaçao deveria ser considerado bom, mas na realidade não estamos totalmente satisfeitos com o resultado, pois sabemos que temos mais”, comentou Emilio Segura, que ficou em nono colocado no Clássico e em sétimo no Blitz. “Agradecemos a todos que nos ajudam e apoiam para tornar possível nossa participação nestes eventos. E obrigado a você pela promoção e divulgação”, agradeceu Segura.

O Open de Curaçao é uma pérola na América. O evento soma-se aos esforços de outros países na realização de eventos internacionais, como o US Open (Estados Unidos), o Raj Narain Srefidensi Open (Suriname) e o Open La Havana (Cuba), que teve sua primeira edição este ano. Mas, é preciso expandir para que mais países promovam e organizem eventos internacionais no continente e desenvolvam outras iniciativas para a modalidade.